quinta-feira, 28 de outubro de 2010

DIA DO SERVIDOR PÚBLICO

Este dia deve ser celebrado com muita reflexão!


Todos nós construímos esta nação.

Trabalhamos com amor e paixão.

De nosso Brasil somos o ‘Coração’

Dessa forma, não podemos nos restringir a um mero feriado. Devemos aproveitar a deixa, nos momentos de comemoração/confraternização, tirarmos alguns minutos para refletirmos às condições de trabalho, estruturas físicas, assédios morais, baixos salários a que somos submetidos. Ficar em casa, neste dia, é o mesmo que afirmar que estamos contentes com esta realidade que nos assola há muitos anos.

Refletir, não pensando apenas em individualidades. Refletir, não buscando se autobeneficiar. Refletir, não deixando as mágoas, angústias, decepções interferirem nas suas decisões. É necessário que reflitamos com precisão, justiça, com a visão coletiva e colaborativa, com o conhecimento adquirido e vivido em todos os anos de luta em prol de melhorias. Nós, servidores públicos, não podemos nos deixar enganar.

Desse modo, convido a todos que estarão reunidos amanhã, em suas escolas, para pensar sobre isso. Em rodas de conversa, nos grupinhos formados ou no grupão. Não importa de que maneira este diálogo vai acontecer. O que, realmente, interessa, é que ele seja realizado.

Oferecer o melhor possível é nosso dever! Realizar nossas funções com qualidade e, acima de tudo, responsabilidade, também. Sejamos humildes em nossos lugares de trabalho. Ouvir é uma qualidade imprescindível! Nosso colega é importante tanto quanto nós. Não existe ninguém mais importante. Existem funções diferentes, executadas por pessoas diferentes. Cada papel desenvolvido tem sua importância e particularidade. Assim, cada profissional tem seu valor individual e contribui para que o trabalho coletivo aconteça qualitativamente.

Um forte abraço a todos! Que Deus possa estar conosco hoje e sempre! Que Ele seja nossa luz sempre presente e possa nos dar sabedoria e discernimento para vencer as adversidades encontradas no dia a dia de luta de cada um de nós.

Parabéns, Servidor Público.







segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Público presente no Evento

Entre os representantes da classe artística, estiveram presentes os atores Paulo Betty, Dira Paes, Silvia Buarque, os músicos Alceu Valença, Wagner Tiso, Otto, Yamandu Costa, Rosemary, Lia de Itamaracá, Margareth Menezes e Alcione, além do cartunista Ziraldo e do diretor de teatro José Celso Martinez Corrêa.

Da classe política compareceram a ministra Nilcea Freire (Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres), os ex-ministros Márcio Thomas Bastos (Justiça) –que entregou um manifesto de apoio em nome dos advogados do Brasil–, Carlos Minc (Meio Ambiente), e os governadores eleitos do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), e Jacques Wagner (PT), além do prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB).

O teólogo Leonardo Boff, a filósofa Marilena Chaui e o sociólogo Emir Sader também marcaram presença e discursaram. Militantes do PT ajudaram a lotar o teatro com bandeiras e camisetas e cantaram músicas da campanha petista. Do lado de fora, telões na calçada transmitiam o evento.

Também estiveram presentes ao evento representantes dos movimentos gay, negro e religioso.

Fonte: www.globo.com

No Rio, artistas e intelectuais lançam manifesto de apoio a Dilma

Ato teve Niemeyer, Chico Buarque, Beth Carvalho, políticos e entidades. O Evento ocorreu no Teatro Casa Grande, na Zona Sul da cidade.

A candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, recebeu na noite desta segunda-feira (18), no Rio de Janeiro, apoio de um grupo de artistas e intelectuais. Segundo a organização do evento, mais de 900 pessoas lotaram o Teatro Casa Grande, na Zona Sul da cidade.
Dilma agradeceu o apoio dos artistas e intelectuais. “As músicas que ouvi e os livros que eu li estão aqui, com todos esses cantores e artistas”, afirmou.
Em seu discurso, a candidata petista defendeu investimentos em cultura. “Não existem formas de dar qualidade ao processo sem valorizar as pessoas que fazem parte do processo.”
Também defendeu melhorias na educação. Ela disse que, se for eleita, pretende criar nova universidades e escolas técnicas no país. “Para diminuir a desigualdade pela raiz é preciso gastar dinheiro com educação de criança de até cinco anos, com educação de qualidade, pagando professores de forma digna e não recebê-los com cassetetes”, destacou.
A petista também falou sobre a campanha. Disse que “em 2002, a esperança venceu o medo”. E que agora acredita que “essa campanha de ódio, que se desencadeou, também vai ser vencida”.
Entre os convidados que declararam apoio Dilma estavam o arquiteto Oscar Niemeyer, o cantor e compositor Chico Buarque e a cantora Beth Carvalho, que não aparece em público desde uma operação de coluna, no fim do ano passado.
“Eu estou me recuperando de uma cirurgia, mas fiz questão de vir”, disse Beth Carvalho, que cantou uma versão política de “Deixa a vida me levar”. “É um governo que não fala fino com Washington e não fala grosso com Bolívia e Paraguai. Por isso somos ouvidos e respeitados como nunca antes na história deste país”, disse Chico Buarque em seu discurso

Fonte: www.globo.com
http://g1.globo.com/especiais/eleicoes-2010/noticia/2010/10/no-rio-artistas-e-intelectuais-lancam-manifesto-de-apoio-dilma.html

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

15 de outubro - DIA DO PROFESSOR

Todos os anos, nessa data, pensa-se ser um dia especial! Especial, porque é o "Dia do Professor"! Para nós que labutamos semanalmente 40h ou 60h (sem tempo para mais nada), esse dia não soa tão bem como antes. Em muitos, desses dias, durante anos, tivemos que está em sala de aula. Então, eu pergunto: É um dia especial ou um dia como outro qualquer? Estamos ou não executando as mesmas funções, nesse dia?!!!! Pensei em escrever tais questionamentos para que possamos refletir sobre esta data, melhor! Temos vários feriados (que todos acham uma balela, mas são feriados) e o dia que foi destinado ao Professor, é encarado como outro qualquer, até mesmo por nós (professores) por estarmos acostumados a encará-lo naturalmente todo ano. Acredito e defendo (para quem tiver outros argumentos) que deveríamos rever essa realidade que nos assola anualmente. Precisamos ser mais organizados e unidos, para que em momentos como este, possamos, realmente, nos mostrarmos fortes e valorizarmos nossa profissão. Reflitam sobre isso! Pense em você como profissional, como PROFESSOR! Somos ESPECIAIS, RESPONSÁVEIS, COMPANHEIROS, AMIGOS e, acima de tudo isso, somos EDUCADORES!

Que DEUS possa nos abençoar HOJE e SEMPRE!

QUE ESTA DATA POSSA SER SEMPRE MELHOR A CADA ANO! 

Eleição, aborto e a infantilização da religião

Por Jung Mo Sung (Coord. Pós-Graduação em Ciências da Religião, Universidade Metodista de São Paulo)

Adital -
Por que bispos, padres e grupo religiosos que sempre defenderam a separação radical entre a religião e política, que sempre criticaram a discussão política no âmbito da Igreja ou até mesmo a relação "fé e política", estão fazendo, até mesmo nas missas, campanha aberta contra Dilma?

Uma primeira resposta poderia ser: hipocrisia. Respostas moralistas podem satisfazer o "juiz moralista" que todos nós carregamos no mais profundo do nosso ser, mas não são boas para nos ajudar a entender o que está acontecendo.

Esta campanha contra a candidatura da Dilma, e com isso o apoio explícito ou implícito à candidatura do Serra, está sendo feita de várias formas, mas com um elemento comum: os católicos e os "crentes" não devem votar nela porque ela seria a favor do aborto e, por isso, contra a vida. Alguns agregam também a acusação de que, se ela for eleita, as TVs católicas e evangélicas seriam proibidas de veicular os programas religiosos ou obrigadas a diminuir o seu tempo de duração. É a velha acusação de que "comunistas" são contra a religião.

Essas duas acusações são expressas e justificadas através de lógicas religiosas, e não a partir da "racionalidade leiga" que deve caracterizar a discussão sobre a política hoje. Esses grupos não admitem a distinção entre a religião e a política, ou melhor, não admitem a "autonomia relativa" do campo político e de outros campos -como o econômico- que se emanciparam da esfera religiosa no mundo moderno. Por isso, eram e são contra "fé e política" ou o debate sobre a política no campo religioso, pois esses debates são feitos normalmente a partir do princípio da autonomia relativa da política. Isto é, a discussão sobre questões políticas são feitas com argumentos de racionalidade sócio-política e não submetidos ao discurso meramente religioso.

Para esses grupos (é preciso reconhecer que ocorre também em outros grupos político-religiosos), os valores religiosos (do seu grupo) devem ser aplicados diretamente a todos os campos da vida pessoal e social. E, em casos graves como aborto, ser impostos sobre toda a sociedade através das leis do Estado. Nesses casos, não seria misturar a religião com a política, mas seria a "defesa" dos mandamentos e valores religiosos; ou colocar a política a serviço dos valores religiosos (nessa discussão apresentados como "a serviço da vida"). Pois, nada estaria acima dos "mandamentos de Deus". Desta forma não se reconhece a autonomia relativa do campo político, a dificuldade de se passar do princípio ético abstrato (do tipo "defenda a vida") para as políticas sociais concretas, e muito menos se aceita a pluralidade de religiões com valores diversos e propostas de ação divergentes e conflitantes.

Esta é a razão pela qual esses grupos não entendem e nem aceitam a resposta dada por Dilma de que ela, pessoalmente, é contra o aborto, mas que ela vai tratar esse tema como um problema de saúde pública. Para ouvidos daqueles que crêem que não há ou não deve haver separação entre a saúde pública (o campo da política social) e a opção religiosa pessoal do governante, a resposta da Dilma soa como eu não sou contra o aborto, que logo é traduzido na sua mente como "eu sou a favor do aborto".

E se ela é a favor do aborto, ela é contra a vida e, portanto, ela é do "mal". Enquanto que, por oposição, o outro candidato seria do "bem".

Reduzir toda a complexidade da "defesa da vida" -a que um/a presidente deve estar comprometido/a- à manutenção da criminalização do aborto (que é o que está discutido de fato neste debate sobre ser a favor ou contra o aborto) é uma simplificação mais do que exagerada. Simplificação que deixa fora do debate, por ex., toda a discussão sobre políticas econômicas e sociais que afetam a vida e a morte de milhões de pessoas. Mas é compreensível quando os cristãos têm muita dificuldade em perceber quais são os caminhos concretos e possíveis para viver a sua fé na sociedade, perceber em que a sua fé pode fazer diferença na vida social. Diante de tanta complexidade, a tentação mais fácil é simplificar o máximo para separar "os do bem" de "os do mal".

Essa simplificação me lembra a pergunta que os meus filhos, quando muito pequenos, me faziam ao assistir um filme: "pai, ele é do bem?" Se sim, eles torciam por aquele que "é do bem" contra o "do mal". Essa necessidade de separar os do bem e os do mal faz parte da condição mais primária do ser humano. O problema é que reduzir toda a complexidade da luta em favor da vida ao tema de ser favor ou contra a manutenção da criminalização do aborto é infantilizar a discussão política e, o que é pior, é infantilizar a própria religião que professa.

[Autor, em co-autoria com Hugo Assmann, de "Deus em nós: o reinado que acontece na luta em favor dos pobres"].

Dilma e a fé cristã

Por Frei Betto (Escritor e assessor de movimentos sociais)



Adital -



Conheço Dilma Rousseff desde criança. Éramos vizinhos na rua Major Lopes, em Belo Horizonte. Ela e Thereza, minha irmã, foram amigas de adolescência.

Anos depois, Dilma e eu nos encontramos no Presídio Tiradentes, em São Paulo. Ela na ala feminina, eu na masculina, com a vantagem de, como frade, obter permissão para, aos domingos, monitorar celebração litúrgica na Torre, como era conhecido o espaço que abrigava as presas políticas.

Aluna de colégio religioso na juventude, dirigido pelas freiras de Sion, Dilma, no cárcere, participava ativamente de orações e comentários do Evangelho. Nada tinha de "marxista ateia". Aliás, raros os presos políticos que professavam convictamente o ateísmo. Nossos torturadores, sim, o faziam escancaradamente ao profanarem, com toda violência, os templos vivos de Deus: suas vítimas levadas ao pau-de-arara, ao choque elétrico, ao afogamento e à morte.

Em 2003, deu-se meu terceiro encontro com Dilma, em Brasília, nos dois anos em que participei do governo Lula.

De nossa amizade posso assegurar que não passa de campanha difamatória -diria mesmo, terrorista- acusar Dilma Rousseff de "abortista" ou contrária aos princípios evangélicos. Se um ou outro bispo critica Dilma, há que lembrar que, por ser bispo, nenhum homem é santo.

Poucos bispos na América Latina apoiaram ditaduras militares, absolveram torturadores, celebraram missa na capela de Pinochet... Bispos também mentem e, por isso, devem, como todo cristão, orar diariamente "perdoai as nossas ofensas..."

Dilma, como Lula, é pessoa de fé cristã, formada na Igreja Católica. Na linha do que recomenda Jesus, ela e Lula não saem por aí propalando, como fariseus, suas convicções religiosas. Preferem comprovar, por suas atitudes, que "a árvore se conhece pelos frutos", como acentua o Evangelho. É na coerência de suas ações, na ética de seus procedimentos políticos, na dedicação ao povo brasileiro, que políticos como Dilma e Lula testemunham a fé que abraçam.

Sobre Lula, desde as greves do ABC, espalharam horrores: que, se eleito, tomaria as mansões do Morumbi, em São Paulo; expropriaria sítios e fazendas produtivos; implantaria o socialismo por decreto...

Passados quase oito anos, o que vemos? Vemos um Brasil mais justo, com menos miséria e mais distribuição de renda, sem criminalizar movimentos sociais ou privatizar o patrimônio público, respeitado internacionalmente.

Nas breves semanas que nos separam hoje do segundo turno, forças de oposição ao governo Lula haverão de fazer eco a todo tipo de boataria e mentiras. Mas não podem alterar a essência de uma pessoa. Em toda a trajetória de Dilma, em tudo que ela realizou, falou ou escreveu, jamais se encontrará uma única linha contrária ao conteúdo da fé cristã e aos princípios do Evangelho.

Certa vez, relata o evangelista Mateus, indagaram de Jesus quem haveria de se salvar. Para surpresa dos que o interrogaram, ele não respondeu que seriam aqueles que vivem batendo no peito e proclamando o nome de Deus. Nem disse que seriam aqueles que vão à missa ou ao culto todos os domingos. Nem disse que seriam aqueles que se julgam donos da doutrina cristã e se arvoram em juízes de seus semelhantes.

A resposta de Jesus surpreendeu-os: "Eu tive fome e me destes de comer; tive sede e me destes de beber; estive enfermo e me visitastes; nu e me vestistes; oprimido, e me libertastes..." (Mateus 25, 31-46)

Jesus se colocou no lugar dos mais pobres e frisou que a salvação está ao alcance de quem, por amor, busca saciar a fome dos miseráveis, não se omite diante das opressões, procura assegurar a todos uma vida digna e feliz.

Isso o governo Lula tem feito, segundo opinião de 77% da população brasileira, como demonstram as pesquisas. Com certeza, Dilma, se eleita presidente, prosseguirá na mesma direção.

[Frei Betto é escritor, autor de "Um homem chamado Jesus" (Rocco), entre outros livros - www.freibetto.org twitter:@freibetto]