sábado, 22 de junho de 2013

Governador e secretária de Educação podem ser responsabilizados por eventuais prejuízos ao ano letivo



A sociedade rondoniense deverá responsabilizar o governador Confúcio Moura e a secretária de Estado da Educação, Izabel Luz, por eventuais prejuízos ao ano letivo causados pela greve dos trabalhadores em educação estaduais.

 Quarta-feira (19/06), estudantes das escolas estaduais de Cacoal, preocupados com a falta de aulas, fizeram um ato de protesto na sede da Representação de Ensino. Eles foram cobrar dos representantes do governo do estado providências para o restabelecimento das atividades escolares.

O grupo também foi à sede da Regional Café, do Sintero, onde os alunos puderam conferir que a greve é justa e legítima. “Nós estamos mostrando aos alunos, aos pais e à sociedade, que a greve é necessária pois o governo do estado precisa valorizar a educação. O ensino público em Rondônia não vem recebendo a devida atenção do governo”, disse Manoel Rodrigues, presidente do Sintero.

A direção do sindicato tem esclarecido à sociedade através de cartas, boletins, comunicados e notas nos veículos de comunicação, que o prejuízo é de todos quando o ensino público vai mal.

A educação é a categoria mais desvalorizada no governo e é a que possui os piores salários. O próprio governo do estado admitiu, em panfleto distribuído nos sinais de trânsito, que os trabalhadores em educação foram os menos valorizados com os reajustes concedidos nos últimos dois anos.

Para confundir a sociedade, o governo divulgou informações de que os trabalhadores em educação estaduais tiveram ganhos significativos nos últimos dois anos.
O Sintero se contrapôs e mostrou a realidade. Os itens anunciados pelo governo como ganhos, que são as gratificações de titulação, especialização, mestrado e doutorado, não foram concedidos no atual governo, pois são conquistas antigas obtidas pela categoria através da luta.

A verdade é que o governo, através da PGE, discrimina mais de três mil servidores ex-demitidos, negando-lhes direitos, como a progressão de 2% a cada dois anos de trabalho, garantida por lei a todos os servidores; como também vem negando a gratificação de pós-graduação e a promoção de classe, direitos garantidos pela Lei Complementar número 680.

O próprio governo que investiu em formação através do Prohacap e incentivou o professor a estudar para obter promoção, agora nega esse direito.

Decisão do STF não suspende a greve

A decisão do STF, que confirmou a liminar do Tribunal de Justiça de Rondônia sobre o direito de greve não determina o fim do movimento. O Sintero esclarece que a decisão do STF não é para suspender a greve, mas apenas para garantir as aulas aos alunos do 3º Ano do Ensino Médio e as provas de suplência aos alunos do Supletivo. Mesmo assim, o STF determina que seja fornecida uma lista das escolas que possuem essas aulas.

Como a administração das escolas compete exclusivamente à Seduc, o Sintero solicitou da Secretaria de Educação a lista, para que seja dado cumprimento à decisão judicial. A Seduc, por sua vez, ainda não respondeu o ofício do Sintero e ainda não forneceu a lista.

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